A luta dos colonos norte-americanos pela sua independência é movida pela forte opressão tributária e proibições que a coroa britânica infligia. Após a Guerra dos Sete Anos, a Inglaterra criou uma série de leis, como a Lei do Açúcar (1764), Lei do Selo (1765), os Atos de Townshend, que procuravam limitar e mesmo impedir que os americanos continuassem suas relações comerciais com outras regiões que não a Inglaterra e a Lei do Chá (1765), esta responsável pelo tão famoso episódio do Boston Tea Party, onde 150 colonos disfarçados de índios Mohawk invadiram três navios ingleses no porto de Boston e atiraram chá no mar.
Em resposta, a Inglaterra decretou em 1774 as Leis Intoleráveis que ordenava o fechamento do porto de Boston, a ocupação de Massachusetts pelo Exército inglês e o julgamento dos colonos rebelados por tribunais ingleses. Em resposta, os representantes das 13 Colônias se reuniram no Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, onde escreveram ao rei e ao Parlamento inglês contra as Leis.A coroa britânica reage ao manifesto destruindo um depósito de armas dos colonos, estes revidam dando inicio a Batalha de Lexington (1775), a primeira da guerra de independência.
Os colonos se reúnem mais uma vez no Segundo Congresso Continental da Filadélfia, onde decidiu-se pela separação, conclamando os colonos a guerra e nomeando George Washington comandante das tropas norte-americanas.Em 4 de julho de 1776 estava pronta a Declaração da Independência, autoria de Thomas Jefferson. Esse documento declarava que as 13 Colônias da América estavam independentes do Reino Unido. Apesar de não estarem independentes nessa data, o 4 de julho foi escolhida como data da independência por ter sido nesse dia assinado a declaração.
A guerra se estendeu até 1783, quando com a ajuda dos franceses, os norte-americanos conseguiram derrotar o exercito britânico. Nesse mesmo ano, a Inglaterra reconheceu a independência das 13 Colônias pelo Tratado de Versalhes.
A guerra se estendeu até 1783, quando com a ajuda dos franceses, os norte-americanos conseguiram derrotar o exercito britânico. Nesse mesmo ano, a Inglaterra reconheceu a independência das 13 Colônias pelo Tratado de Versalhes.
REVOLUÇÃO FRANCESA
DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO
TÍTULO DO FILME: DANTON, O PROCESSO DA REVOLUÇÃO (Danton, FRA/Polônia 1982)DIREÇÃO: Andrzej Wajda
ELENCO: Gérard Depardieu, Wojciech Pszniak. 131 min. Pole Vídeo
RESUMO
Durante a fase popular da Revolução Francesa, instala-se o período do "terror", quando a radicalização revolucionária dos jacobinos encabeçada por Robespierre inicia um violento processo político com expurgos, manipulação de julgamentos e uma rotina de execuções pela guilhotina.
Danton, líder revolucionário, critica os rumos do movimento, tornando-se mais uma vítima do terror instalado por Robespierre.
CONTEXTO HISTÓRICO
Na segunda metade do século XVIII, a história ocidental vive a passagem da Idade Moderna para Contemporânea, quando a crise do Antigo Regime foi agravada pela difusão dos princípios iluministas que marcaram as revoluções burguesas (Industrial, Americana e Francesa).
A Revolução Francesa foi o principal movimento político e social do século XVIII. Seu caráter democrático e liberal é representado pela ascensão política da burguesia e pela participação de camponeses e artesãos, na luta contra os vestígios feudais do Antigo Regime.
O principal período da revolução, foi a fase popular (1792-940) quando o país foi governado por uma nova assembléia denominada Convenção. Essa etapa conhecerá o chamado "terror", a ditadura dos jacobinos (corrente política liderada pela pequena burguesia aliada ao povo, que defendia um caráter mais popular para a revolução).
Esses, comandados por Robespierre e Saint-Just, instalaram o "terror" após o assassinato do líder jacobino Jean Paul Marat. Era junho de 1793, o ano I da recém proclamada República. Com o Comitê de Segurança Nacional, que garantia a segurança interna, e o Tribunal Revolucionário, encarregado de julgar supostos contra-revolucionários, o terror revolucionário se espalhou por toda França.
Robespierre liderou o movimento, mantendo-se no poder com apoio dos grupos mais extremistas de esquerda, como os hebertistas, seguidores de Hébert, que defendiam a ampliação das medidas de violência. Apesar da ditadura, é nessa fase que ocorre uma série de avanços populares, como a abolição da escravidão nas colônias francesas, o sufrágio universal, a obrigatoriedade do ensino, o aumento dos impostos dos ricos e o confisco de bens dos nobres e dos emigrados. Esses avanços provocaram uma reação contra-revolucionária, contida com milhares de julgamentos, onde o Tribunal Revolucionário dominado pelos jacobinos era a lei. Em menos de um ano, foram condenados à morte na guilhotina mais de 20 mil suspeitos.
No início de 1794, o Terror atinge os próprios membros da Convenção. Os indulgentes, grupo revolucionário chefiado por Georges Danton, pediam o fim das perseguições, temendo que a onda revolucionária pudesse envolvê-los. No início de 1794, Robespierre, contra sua vontade pessoal, condenou Danton à morte visando eliminar todas oposições. Após alguns meses, fragilizado e isolado politicamente, Robespierre foi aprisionado juntamente com Saint-Just, sendo em seguida, ambos condenados à guilhotina. Iniciava-se uma outra etapa da Revolução Francesa, representada pelo restabelecimento da alta burguesia (girondinos), no poder.
PERÍODO NAPOLIÔNICO
SINOPSE: SOMBRAS DE GOYA - Espanha, 1792. Nos últimos anos do século XVIII, em meio ao radicalismo da Inquisição e à iminente invasão da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Sombras de Goya é o retrato da convulsão política e mudança histórica vista pelos olhos do pintor Francisco Goya. O gênio artístico do pintor espanhol é reconhecido na corte do Rei Carlos IV. A bela Inês (Natalie Portman), jovem modelo e musa do pintor, é presa sob a falsa acusação de heresia. Nem as intervenções do influente Frei Lorenzo (Javier Bardem) - que também foi retratado por Goya - conseguem evitar que ela seja brutalmente torturada nos porões da Igreja. Os personagens de uma Espanha sitiada, os horrores da guerra e seus fantasmas, alimentam a pintura de Goya (Stellan Skarsgard), testemunha atormentada de uma época turbulenta.
Estréia: 21/12/2007
Distribuidora: Downtown Filmes
Distribuidora: Downtown Filmes
A Lista de Schindler
TÍTULO DO FILME: A LISTA DE SCHINDLER (Scshindler’s List, EUA, 1993)DIREÇÃO: Steven Spielberg
ELENCO: Lian Neeson, Bem Kingsley, Ralph Fiennes, Caroline Goodal, Jonathan Sagalle, Embeth Davidtz. 195 min, CIC.
RESUMO
Vencedor de 7 Oscars e baseado no livro de Thomas Keneally o filme mostra a vida real e a trajetória do industrial tcheco Oskar Schindler.
Ao comprar em 1939 uma fábrica de esmaltados quase falida na Polônia dominada pela Alemanha de Hitler, Schindler usou suas boas relações com altos funcionários nazistas, para recrutar trabalhadores entre prisioneiros judeus do gueto da Cracóvia, passando a fornecer produtos para o exército alemão. Quando os nazistas iniciam a "solução final" (execução em massa dos judeus), Schindler intercede junto ao comandante Amon Goeth, subornando outros oficiais e garantindo tratamento diferenciado para seus operários, salvando-os dos campos de extermínio.
CONTEXTO HISTÓRICO
A derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial (1914-18) e a humilhação a que fora submetida pelo Tratado de Versalhes, deixaram o país à beira da anarquia e da guerra civil. A República proclamada na cidade de Weimar foi dominada por setores moderados que não conseguiram combater a miséria e nem controlar os movimentos políticos de esquerda. Sob pressão dos militares e de grupos nacionalistas totalitários, como os nazistas, a República de Weimar vivia ameaçada. A situação do país agravou-se com a crise mundial de 1929 atingiu a economia que se recuperava desde 1923, radicalizando as oposições. A articulação entre monarquistas conservadores, setores militares e empresariado, facilitou a ascensão de Hitler ao cargo de chanceler em 30 de abril de 1933.
Alguns meses depois, Hitler estabeleceu um Estado totalitário, com um poderoso e disciplinado aparato paramilitar, destacando-se agrupamentos como as SA (sessões de assalto), e as SS (sessões de segurança), além da Gestapo, a temida polícia política do nazismo.
Caracterizado pelo monopartidarismo, anti-comunismo, anti-liberalismo e um nacionalismo histérico, o nazismo alemão também apresentou um forte componente racista anti-semita, que defendia o "direito" das raças superiores dominarem as raças inferiores. Identificado com o movimento comunista internacional ou com o liberalismo responsável pela grande depressão de 1929, o judeu passou a ser considerado o grande mal que assolava a Alemanha.
Cruelmente perseguidos e excluídos de várias atividades públicas, à partir de 1935 com as leis de Nuremberg, os judeus passavam à condição de cidadãos de segunda categoria, perdendo direitos civis como o direito de casarem-se com "arianos puros". Em 1938 as ações anti-semitas cresciam vertiginosamente. Espancamentos, humilhação de crianças em salas-de-aula, destruição de sinagogas e casas, e até a utilização de sinais identificadores, já faziam parte do cotidiano da Alemanha de Hitler. Em escala mais reduzida o racismo germânico, também estendeu seus crimes sobre outros povos como eslavos e ciganos, além da perseguição sobre homossexuais e deficientes físicos.
A propaganda nazista controlada por Goebbels, supervisionava a literatura, o cinema e sobretudo o rádio e a imprensa, como podemos perceber neste trecho extraído do jornal nazista Das Scwarze Korps .
"O que isto significa? Significa não somente a eliminação dos judeus da economia alemã -- eliminação que eles bem merecem por seus homicídios e pela excitação à guerra e aos assassinatos. Significa muito mais! Não podemos aceitar que um alemão viva sob o mesmo teto que um judeu, raça de assassinos, criminosos, inimigos mortais do povo alemão. Em conseqüência, os judeus devem ser caçados em nossas casas,em nossos quartéis, e devem ser alojados em ruas e casas onde vivam entre si, com o menor contato possível com os alemães. É necessário estigmatiza-los e proibi-los de possuir imóveis na Alemanha, pois é inconcebível que um alemão dependa de um proprietário judeu que ele alimenta pelo trabalho de suas mãos (…). Nós nos encontraremos em face da dura necessidade de exterminar os guetos de judeus da mesma que temos o hábito de exterminar os criminosos no nosso Estado: pelo fogo e pelo gládio. O resultado será a desaparição efetiva e definitiva do judaísmo na Alemanha, sua destruição total."
Apesar desse texto ter sido publicado em 1938, o pior aconteceria somente durante a Segunda Guerra Mundial (1939-45), quando tem início a "solução final", que executou cerca de 6 milhões de judeus espalhados pelos vários campos de extermínio nos países europeus dominados pelo III Reich.
Amistad
TÍTULO DO FILME: AMISTAD (Amistad, EUA, 1997)DIREÇÃO: STEVEN SPIELBERG
ELENCO: Morgan Freeman, Anthony Hopkins, Matthew McConaughey, Nigel Hawthorne, Djmon Housou, David Paymer, Anna Paquin; 162 min.
TEMÁTICA
Em 1839 dezenas de africanos a bordo do navio negreiro espanhol La Amistad matam a maior parte da tripulação e obrigam os sobreviventes a leva-los de volta à África.
Enganados, desembarcam na costa leste dos Estados Unidos, onde, acusados de assassínios, são presos, iniciando um longo e polêmico processo, num período onde as divergências internas do país entre o norte abolicionista e o sul escravista, caracterizavam o prenúncio da Guerra de Secessão.
CONTEXTO HISTÓRICO
O filme mostra o processo de julgamento de negros nos Estados Unidos, 22 anos antes do início da Guerra Civil, num contexto marcado pelo expansionismo em direção ao Oeste e pelo acirramento das divergências do norte protecionista, industrial e abolicionista, com o sul livre-cambista, agro-exportador e escravista.
Na passagem do século XVIII para o XIX, os Estados Unidos recém-independentes formavam uma pequena nação, que se estendia entre a costa do Atlântico e o Mississipi. Após a independência, o expansionismo para o Oeste foi justificado pelo princípio do "Destino Manifesto", que defendia serem os colonos norte-americanos predestinados por Deus a conquistar os territórios situados entre os oceanos Atlântico e Pacífico. A crescente densidade demográfica, a construção de uma vasta rede ferroviária iniciada em 1829 e a descoberta de ouro na Califórnia em 1848, também representaram um estímulo para conquista do Oeste.
A ação diplomática dos Estados Unidos foi marcada por um grande êxito nas primeiras décadas do século XIX, quando através de negociações bem sucedidas os Estados Unidos adquirem os territórios da Lousiana (França), Flórida (Espanha), além do Oregon (Inglaterra) e até o Alasca da Rússia, após a Guerra de Secessão.
Em 1845, colonos norte-americanos proclamaram a independência do Texas em relação ao México, iniciando-se a Guerra do México (1845-48), na qual a ex-colônia espanhola perdia definitivamente o Texas, além dos territórios do Novo México, Califórnia, Utah, Arizona, Nevada e parte do Colorado. Destaca-se ainda a incorporação de terras indígenas, através de um verdadeiro genocídio físico e cultural dos nativos.
O intenso crescimento do país, acompanhado de uma grande corrente de imigrantes europeus atraídos pela facilidade de adquirir terras, torna ainda mais flagrante, o antagonismo entre o norte e o sul. No norte, o capital acumulado durante o período colonial, criou condições favoráveis para o desenvolvimento industrial cuja mão-de-obra e mercado encontravam-se no trabalho assalariado. A abundância de energia hidráulica, as riquezas minerais e a facilidade dos transportes contribuíram muito para o progresso da região, que defendia uma política econômica protecionista. Já o sul, de clima seco e quente permaneceu estagnado com uma economia agro-exportadora de algodão e tabaco baseada no latifúndio escravista. Industrialmente dependente, o sul era ferrenho defensor do livre-cambismo, mais um contraponto com o norte protecionista.
Essas divergências tornam-se praticamente irreconciliáveis com a eleição do abolicionista moderado Abraham Lincoln em 1860, resultando no separatismo sulista, iniciando-se assim em 1861 a maior guerra civil do século XIX, a Guerra de Secessão, também conhecida como "Guerra Civil dos Estados Unidos", que se estendeu até 1865 deixando um saldo de 600 mil mortos.
Olga
O filme de Jaime Monjardim, baseado na obra do escritor Fernando Moraes, estréia nos cinemas do país em 20 de agosto. Em São Paulo foi realizada uma pré-estréia para professores, onde foi distribuído o folheto "Olga – o filme como recurso didático", que reproduzimos a seguir.
No mundo de hoje, a comunicação audiovisual ocupa grande parte da vida das pessoas. As relações estão cada vez mais rápidas e a transmissão de informações acompanha esse ritmo. Por isso, é importante utilizar formas de comunicação atuais e dinâmicas.
Atualmente, uma boa maneira de chamar a atenção e despertar o interesse dos jovens é utilizar a linguagem audiovisual. O cinema, por exemplo, é um meio envolvente que pode tornar o aprendizado mais divertido e o ensino mais eficiente. A partir de um filme, é possível levantar diversos questionamentos.
Baseado no romance best seller homônimo, Olga é um filme que mostra a vida da militante comunista Olga Benário Prestes – da infância burguesa na Alemanha à morte numa das câmaras de gás de Hitler, passando por seu treinamento militar na União Soviética, seu período no Brasil ao lado do marido Luís Carlos Prestes e o nascimento de sua filha, Anita Leocádia, em uma prisão da Gestapo e aborda questões históricas e sociais. O filem pode promover debates, não somente sobre história, como também sobre literatura, obras biográficas e adaptações literárias tanto para o cinema quanto para o teatro.
O filme retrata importantes momentos da história do Brasil e do mundo a partir do ponto de vista da vida pessoal da militante comunista Olga Benário. O filme pode ser usado para estimular os alunos a estudarem o contexto histórico desde a Primeira Guerra Mundial até o início da Guerra Fria, além de provocar uma reflexão sobre ética e intolerância, tema em questão até os dias de hoje.
Um pouco de História
Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha perdeu parte de seus territórios para a França, Polônia, Dinamarca e Bélgica. Os alemães também foram obrigados, pelo Tratado de Versalhes, a pagar indenizações às nações vencedoras. O país afundou em dívidas, o que gerou desemprego em massa. As tentativas frustradas de uma revolução socialista (1919, 1921 e 1923) e as sucessivas quedas de gabinetes de orientação social-democrata criaram condições favoráveis ao surgimento e expansão do nazismo no país.
Em 1933, quando os nazistas subiram ao poder, pelo voto popular, Hitler pôs suas idéias em prática e suspendeu os direitos civis, dissolveu os partidos políticos, proibiu greves e fechou sindicatos. Com plenos poderes, o Führer decidiu erradicar todos que não considerava alemães puros e, assim, eliminar todos os traços de judaísmo na Alemanha. Também foram perseguidos comunistas, homossexuais e outras minorias.
Em 1939, mais de 300 mil judeus já tinham sido expulsos da Alemanha. Depois da conquista da Polônia, ainda nesse mesmo ano, os judeus foram tirados de seus guetos e levados para campos de concentração. Os prisioneiros fisicamente aptos, eram selecionados para trabalhar até a morte em fábricas. Desde o começo da Guerra, os nazistas fizeram experi~encias com os presos, judeus em sua maioria, mas a morte em massa ocorreu através das câmaras de gás. Cerca de seis milhões de judeus forma exterminados durante o Holocausto.
Sugestões para atividades
Por apresentar diversas fases da história mundial, Olga pode ser o ponto de partida para a discussão de temas como a Primeira Guerra Mundial; a ascensão do nazismo e do fascismo; a criação da União Soviética e o conflito entre capitalismo e comunismo; o contexto histórico e social do Brasil nos anos 20, 30 e 40, que levou ao surgimento do movimento tenentista, da Coluna Prestes e do Estado Novo de Getúlio Vargas; a Segunda Guerra Mundial; a Guerra Fria. A realização de um debate sobre ética, respeito aos direitos humanos, preconceitos raciais e perseguições religiosas também pode ser uma atividade interessante.
Temas para atividades escolares
História Mundial
Estudar o contexto mundial na época retratada pelo filme
Fazer uma pesquisa de filmes que retratam os fatos históricos abaixo elencados e programá-los em vídeo como ilustração em sala de aula.
- Primeira Guerra Mundial
- União Soviética
- Segunda Guerra Mundial
História do Brasil
- Trabalhar a figura histórica de Luís Carlos Prestes e seu importante papel como líder comunista e político na história do país.
- Estudar a criação do Partido Comunista do Brasil em 1922, do movimento tenentista e da Coluna Prestes
- Estudar a Era de Vargas, especialmente no ano que marca o cinqüentenário de sua morte;
- Fazer um seminário sobre os movimentos revolucionários brasileiros.
TÍTULO DO FILME: A Familia (La Famiglia, Itália/França, 1986)
DIREÇÃO: Ettore Scola
ELENCO: Vitório Gassman, Fanny Ardant, Philippe Noiret, Stefania Sandrelli
TEMÁTICA
O filme focaliza a vida do intelectual Carlo, para mostra um pouco da história da Itália no século XX. Carlo conta a vida de sua família desde seu batismo em 1906 até sua aposentadoria como professor universitário, aos 80 anos.
Carlo tem sua vida amorosa marcada por um constante dilema desde que conhece as irmãs Beatrice e Adriana. Casando-se com a primeira, mas amando a segunda, Carlo enfrenta ainda os dilemas da história e um delicado relacionamento com seu desajustado irmão que adere ao fascismo.
A ação do filme concentra-se na ampla residência romana da abastada família de Carlo, pouco alterada ao longo do século.
CONTEXTO HISTÓRICO
Com o término da Primeira Guerra Mundial em 1918, a Europa estava parcialmente destruída e as democracias liberais fragilizadas pela crise econômica. Esse cenário acabou criando condições historicamente favoráveis para a propagação de ideologias, que apesar de terem em comum o anti-liberalismo, se antagonizavam em seus objetivos finais.
Na Itália, a crise da monarquia parlamentar se agravava com as lutas políticas entre católicos e socialistas que impediam a formação de um governo de coalizão. As agitações sociais eram cada vez mais constantes e a alta burguesia, temerosa de um levante comunista, não hesitou em apoiar um grupo nacionalista ainda inexpressivo, mas decidido a manter a ordem, mesmo que pela força. Nessa conjuntura surgia o Partido Fascista, fundado em março de 1919 na cidade de Milão por Benito Mussolini, um ex-combatente socialista. Dirigindo o jornal, "Popolo D’ Itália", Mussolini organizou as milícias fascistas (camisas negras), na luta contra socialistas e comunistas. Diante de pressões e ameaças, a monarquia italiana resolveu ceder e os fascistas fizeram sua triunfal "Marcha sobre Roma". Assumindo o ministério, Mussolini, o "Duce" (chefe), através de ações criminosas foi aniquilando seus adversários, como aconteceu em 1924, com o assassinato do deputado socialista Matteoti. Alguns meses depois quase toda oposição estava esmagada.
A proposta final de Mussolini era a formação da "Grande Itália", através de uma política militarista e expansionista, que faria ressuscitara geopolítica do antigo Império Romano. Com uma organização política monopartidária e alimentando um nacionalismo histérico na defesa de um Estado corporativo e intervencionista, o fascismo definia-se como um regime totalitário de extrema direita refletindo uma reação extremada da burguesia mais reacionária, frente a crise das democracias liberais e principalmente ao avanço das organizações partidárias de esquerda.
Esse mesmo cenário de apreensões e incertezas, agravado pelo "crack" na bolsa de N. Y. favoreceu o fortalecimento do fascismo em outras nações. Na Alemanha, com base nos mesmos princípios do fascismo italiano, acrescidos do anti-semitismo, o nazismo recuperava a economia e o orgulho nacional da nação germânica, humilhada pelas imposições, notadamente francesas, estabelecidas pelo Tratado de Versalhes após o término da Primeira Guerra. Com investimentos maciços na indústria bélica, Hitler alimentou o militarismo expansionista para formação do III Reich e no dia 1 de setembro de 1939, invadiu a Polônia, iniciando a Segunda Guerra Mundial. A vitória dos aliados (EUA, França, Inglaterra e URSS) contra o eixo (Itália, Alemanha e Japão), deu-se somente em agosto de 1945, após o ataque atômico dos EUA sobre as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki.
Com a derrocada do nazifascismo, o cenário internacional do "pós-guerra" favoreceu tanto os governos liberais de caráter capitalista, como as repúblicas populares socialistas. As lutas de libertação nacional e a corrida armamentista nuclear entre os blocos capitalista (EUA) e socialista (URSS), estendeu-se até os anos 80, caracterizando o contexto da "guerra fria".