FORMAÇÂO DOS ESTADOS NACIONAIS
Joana d'Arc(Joan of Arc, França, 1999)
DIREÇÃO: Luc Besson
ELENCO: Milla Jovovich, John Malkovich, Faye Dunaway, Dustin Hoffman; 124 min.
RESUMOO filme retrata a figura de Joana D'Arc, através de uma aventura estilizada e uma versão mais humanizada do mito que se tornou a jovem de origem camponesa que conseguiu exaltar o nacionalismo francês, na luta contra os ingleses durante a Guerra dos 100 Anos (1337-1453).
Nesta megaprodução de US$55milhões, Joana é retratada desde sua infância, quando já apresentava um comportamento estranho, tendo visões e ouvindo vozes, além de frequentar regularmente o confessionário.
Depois do assassinato de sua irmã por um guerreiro inglês, a virgem transforma-se numa religiosa sanguinária e mística, conseguindo com seu fervor nacionalista, um exército do rei que liberta Orléans dos ingleses. Nas batalhas Joana deposita sua fé apenas em Deus e em seu nome promove matanças, derramando-se em lágrimas diante dos cadáveres. O filme chega a sugerir que sua fixação bélica seria produto da sexualidade reprimida na infância e nesse sentido suas tensões passam a ser direcionadas para a guerra e para religião. Traída e aprisionada em sua própria terra, Joana é vendida aos ingleses e acusada de heresia e bruxaria é condenada pela Igreja e queimada viva em Ruão no ano de 1431.
Ao transformar-se num mito a figura de Joana Dâ??Arc, como tantas outras, são manipuladas para atender os mais variados interesses no decorrer da história. Joana Dâ??Arc, a mais popular figura histórica da França, virou sinônimo de patriotismo durante a Revolução Francesa (1789), foi canonizada pelo Vaticano em 1920 e hoje é venerada por políticos como Jean-Marie Le Pen, líder da Frente Nacional (partido nacionalista francês de extrema direita).
CONTEXTO HISTÓRICO
Joana Dâ??Arc surge na história da França durante a Guerra dos 100 Anos (1337-1453)entre franceses e ingleses. Encontramos dois motivos fundamentais para a guerra. O primeiro foi a intenção do rei da Inglaterra, Eduardo III em ocupar o trono francês. O segundo, foi de ordem econômica, caracterizando a disputa franco-britânica pela região de Flandres, rica na produção de tecidos.
Em 1429, ocorre uma importante mudança nos rumos da guerra em favor dos franceses. Trata-se da libertação da praça forte de Orleans, dominada pelos ingleses, por Joana Dâ??Arc, até então vista apenas como uma camponesa mística. Sua liderança e carisma se aliaram e comandando um pequeno exército, Joana levou os franceses à vitória e contribuiu para exaltar o sentimento nacionalista, vital para posterior formação do Estado Moderno francês. Com a intenção de abafar o nacionalismo francês, Joana Dâ??Arc aprisionada, foi acusada pelos ingleses de heresia e bruxaria, para depois ser condenada por um tribunal da Igreja e queimada viva em Ruão em 1431.
Após alguns anos, os franceses consolidaram importantes ofensivas, derrotando os ingleses em Formigny e Castillon (1453), quando foi conquistada a cidade de Bordeaux, finalizando a guerra.
No contexto europeu, a Guerra dos Cem Anos não foi um fato isolado. O século XIV assinala a crise mais intensa do feudalismo, em transição para o capitalismo, sendo marcado pela trilogia "guerra, peste e fome". A guerra portanto, convive com a peste negra, que trazida do Oriente por mercadores italianos, desde a reabertura do Mediterrâneo pelas cruzadas, provocou em poucos anos a morte de 1/3 da população europeia. A fome foi uma consequência direta da devastação dos campos pela guerra e pela peste, afetando não só o feudalismo decadente, como também o capitalismo nascente, na medida em que limitava o consumo, para nova economia de mercado.
RENASCIMENTO

Agonia e Êxtase
(The Agony And The Ecstasy)
O clássico Agonia e Êxtase é uma verdadeira aula de história focando o renascimento italiano a partir da tensa relação entre o pintor Michelangelo (Charlton Heston, de O Planeta dos Macacos) e o papa Júlio II (Rex Harrison, de My Fair Lady). O artista foi contratado para pintar o teto da Capela Cistina, mas, como todo bom renascentista, ele tinha um tempo próprio para desenvolver seus projetos. O filme mostra Michelangelo como uma figura proeminente na sociedade florentina, um artista ímpar que está criando sua maior obra-prima, mesmo que isso signifique desafiar um dos homens mais poderosos do mundo. A relação entre os dois explora os conflitos éticos e morais da época. Um vive para Deus, enquanto o outro, para sua arte, criando um embate entre a fé e a vontade do artista. Algumas cenas já entraram para a história do cinema, como aquela em que o artista recebe a inspiração para criar a pintura "O Nascimento do Homem" (uma das mais famosas de todos os tempos). Os traços dramáticos da obra são fruto da batuta experiente do britânico Carol Reed (O Terceiro Homem), o roteiro é baseado no best-seller homônimo do escritor Irving Stone, e o filme conquista ainda pelas belas imagens da Florença, com suas torres, catedrais e estátuas. Elenco: Rex Harrison Diane Cilento Charlton Heston Diretor: Carol Reed Duração: 134 min Gêneros: Clássicos Idiomas: Português Inglês Censura: 12 anos1492 - A Conquista do Paraíso

Amistad
TÍTULO DO FILME: AMISTAD (Amistad, EUA, 1997) DIREÇÃO: STEVEN SPIELBERG ELENCO: Morgan Freeman, Anthony Hopkins, Matthew McConaughey, Nigel Hawthorne, Djmon Housou, David Paymer, Anna Paquin; 162 min.
Lutero
LUTERO: O FILME Martin Lutero carregou consigo, durante algum tempo, um extremo desejo de se tornar padre. Em 1507 chegou a Enfurt, na Alemanha para trabalhar como professor de Teologia na Universidade de Wittemberg que fora fundada pelo Príncipe Frederico III. Em sua primeira missa, Lutero obteve um desequilíbrio emocional. Na verdade, dúvidas que pairavam em sua mente, começaram a ganhar força. A partir deste momento, tais questionamentos sobre a postura da Igreja Católica começaram a incomodar os conceitos de Lutero, que acreditava na existência de um caminho "gratuito" ao amor de Cristo e da salvação, como veremos a seguir: A visão de Lutero Quanto as Indulgências da Igreja Católica Lutero doutorado em teologia, embora tentasse, não conseguia compreender alguns dogmas da Igreja para com seus súditos. Como por exemplo, a "oferta" de indulgências aos fiéis, em torça da salvação de suas almas do purgatório. Martin Lutero voltou de Roma, logo depois de presenciar o "comércio de indulgências" oferecido pela Igreja Católica, aos fiéis. Completamente decepcionado com a postura da Igreja, Lutero sentia-se atormentado pelo Diabo, e, em várias oportunidades acreditava que poderia conversar com o Diabo. Lutero passou a estar convicto de que a Igreja comportava-se de um modo não harmonioso com os dizeres expressos na Palavra de Deus. Quando suas indagações atingiam momentos críticos em sua cabeça, ele costumava (geralmente madrugada a dentro) "conversar" com o Diabo, condenando-o por querer lhe provocar por meio de tentações constantes, em detrimento de sua postura frente à procura pela "verdade".Lutero refletiu muito quando voltara de Roma, onde pode visualizar com seus próprios olhos cenas polêmicas referentes às atuações dos "representantes de Deus". Martin identificou, por exemplo, a existência de prostíbulos "específicos" para monges, centenas de pessoas entregando o pouco que possuíam para seu sustento em nome da "salvação" pregada pelos lideres católicos.
A Rainha Margot

Independência das colônias latino-americanas
Sinopse:
Essa fabulosa refilmagem do clássico do cinema mudo estrelado por Tyrone Power no papel do destemido vingador mascarado que, sozinho, salva Los Angeles dos déspotas espanhóis. Don Diego Vega (Power) é chamado de volta de seu treinamento com os oficiais de elite na Espanha para a Califórnia, onde encontra seu pai, o Alcaide, deposto e o povo vivendo sob o jugo tirano dos espanhóis. Disfarçado como Zorro, um espadachim misterioso vestido de preto, ele luta para recolocar seu pai no poder e devolver o dinheiro dos impostos roubado pelos vilões (J. Edward Broberg, Basil Rathbone). Mesmo assim ele ainda encontra tempo para cortejar a bela sobrinha do tirano (Linda Darnell).
Elenco:
Tyrone Power … Don Diego Vega / Zorro
Linda Darnell … Lolita Quintero
Basil Rathbone … Captain Esteban Pasquale
Gale Sondergaard … Inez Quintero
Eugene Pallette … Fray Felipe
J. Edward Bromberg … Don Luis Quintero
Montagu Love … Don Alejandro Vega
Janet Beecher … Señora Isabella Vega
George Regas … Sergeant Gonzales
Chris-Pin Martin … The Turnkey
Robert Lowery … Rodrigo
Belle Mitchell … Maria de Lopez
John Bleifer … Pedro
Frank Puglia … Propietor
Eugene Borden … Officer of the Day
rev industrila
![]() | Título Original: The Mark of Zorro |
Gênero: Aventura | |
Ano de Lançamento: 1940 | |
Duração: 93 min | |
País de Produção: EUA | |
Diretor(a): Rouben Mamolian |
Germinal é um filme de 1993, já um pouco antiguinho e difícil de conseguir, mas é um ótimo filme para quem pretende descobrir um pouco mais sobre como funciona as relações de trabalho, e as lutas de classe que são existentes na sociedade capitalista e a medida que o capitalismo instalou-se nas cidades e o ritmo da produção e da exploração dos trabalhadores cresceu com as revoluções industriais, as empresas adotaram uma doutrina para conduzir seus negócios conhecidas como Liberalismo.
No Liberalismo, é ensinado ao donos das empresas, que por ventura são as pessoas que mais adoram o capitalismo, que o caminho para o sucesso é a empresa tem que ter poder para agir livremente, de preferência sem nenhuma intervenção dos governos. Assim, elas exploram os funcionários como querem, pagam salários baixíssimos e não pagam nenhum direito trabalhista (Férias, Licença Saúde, Licença Maternidade, etc, etc). Assim, os trabalhadores estavam jogados a sua própria sorte, e nesse mar de desgraça, os discursos socialistas e marxistas ganham muita força e começam a cativar os trabalhadores cansados de sofrer nas mãos dos donos das fábricas.
Olhando dessa forma, se torna mais fácil analisar o filme Germinal, pois o cenário que ele retrata é o da luta entre a burguesia do século XIX e os trabalhadores explorados nas fábricas. Enquanto o povo trabalha, vive em condições deploráveis, morre de fome e de doenças em meio à sujeira, a alta sociedade desfruta de festas e refeições fartas.
Tempos Modernos
TÍTULO DO FILME: TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA 1936) DIREÇÃO: Charles Chaplin ELENCO: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental
RESUMO
Trata-se do último filme mudo de Chaplin, que focaliza a vida urbana nos Estados Unidos nos anos 30, imediatamente após a crise de 1929, quando a depressão atingiu toda sociedade norte-americana, levando grande parte da população ao desemprego e à fome.
A figura central do filme é Carlitos, o personagem clássico de Chaplin, que ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se em líder grevista conhecendo uma jovem, por quem se apaixona. O filme focaliza a vida do na sociedade industrial caracterizada pela produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao capitalismo representado pelo modelo de industrialização, onde o operário é engolido pelo poder do capital e perseguido por suas idéias "subversivas".
Em sua Segunda parte o filme trata das desigualdades entre a vida dos pobres e das camadas mais abastadas, sem representar contudo, diferenças nas perspectivas de vida de cada grupo. Mostra ainda que a mesma sociedade capitalista que explora o proletariado, alimenta todo conforto e diversão para burguesia. Cenas como a que Carlitos e a menina órfã conversam no jardim de uma casa, ou aquela em que Carlitos e sua namorada encontram-se numa loja de departamento, ilustram bem essas questões.
Se inicialmente o lançamento do filme chegou a dar prejuízo, mais tarde tornou-se um clássico na história do cinema. Chegou a ser proibido na Alemanha de Hilter e na Itália de Mussolini por ser considerado "socialista". Aliás, nesse aspecto Chaplin foi boicotado também em seu próprio país na época do "macartismo".
Juntamente com O Garoto e O Grande Ditador, Tempos Modernos está entre os filmes mais conhecidos do ator e diretor Charles Chaplin, sendo considerado um marco na história do cinema.
CONTEXTO HISTÓRICO
Em apenas três anos após a crise de 1929, a produção industrial norte-americana reduziu-se pela metade. A falência atingiu cerca de 130 mil estabelecimentos e 10 mil bancos. As mercadorias que não tinham compradores eram literalmente destruídas, ao mesmo tempo em que milhões de pessoas passavam fome. Em 1933 o país contava com 17 milhões de desempregados. Diante de tal realidade o governo presidido por H. Hoover, a quem os trabalhadores apelidaram de "presidente da fome", procurou auxiliar as grandes empresas capitalistas, representadas por industriais e banqueiros, nada fazendo contudo, para reduzir o grau de miséria das camadas populares. A luta de classes se radicalizou, crescendo a consciência política e organização do operariado, onde o Partido Comunista, apesar de pequeno, conseguiu mobilizar importantes setores da classe trabalhadora.
Nos primeiros anos da década de 30, a crise se refletia por todo mundo capitalista, contribuindo para o fortalecimento do nazifascismo europeu. Nos Estados Unidos em 1932 era eleito pelo Partido Democrático o presidente Franklin Delano Roosevelt, um hábil e flexível político que anunciou um "novo curso" na administração do país, o chamado New Deal. A prioridade do plano era recuperar a economia abalada pela crise combatendo seu principal problema social: o desemprego. Nesse sentido o Congresso norte-americano aprovou resoluções para recuperação da indústria nacional e da economia rural.
Através de uma maior intervenção sobre a economia, já que a crise era do modelo econômico liberal, o governo procurou estabelecer certo controle sobre a produção, com mecanismos como os "códigos de concorrência honrada", que estabeleciam quantidade a ser produzida, preço dos produtos e salários. A intenção era também evitar a manutenção de grandes excedentes agrícolas e industriais. Para combater o desemprego, foi reduzida a semana de trabalho e realizadas inúmeras obras públicas, que absorviam a mão-de-obra ociosa, recuperando paulatinamente os níveis de produção e consumo anteriores à crise. O movimento operário crescia consideravelmente e em seis anos, de 1934 a 1940, estiveram em greve mais de oito milhões de trabalhadores. Pressionado pela mobilização operária, o Congresso aprovou uma lei que reconhecia o direito de associação dos trabalhadores e de celebração de contratos coletivos de trabalho com os empresários.
Apesar do empresariado não ter concordado com o elevado grau de interferência do Estado em seus negócios, não se pode negar que essas medidas do New Deal de Roosevelt visavam salvar o próprio sistema capitalista, o que acabou possibilitando possibilitou sua reeleição em duas ocasiões.